A ciência estabeleceu claramente que a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos.
Em 1955 Clair Patterson publicou um estudo no periódico “Geochimica et Cosmochimica Acta”, que relatava proporções de chumbo encontradas em um meteorito em Canyon Diablo (um cânion que fica em Arizona, EUA). Os meteoritos de ferro encontrados nesta região são pedaços que sobraram de um único grande meteorito que criou a Cratera de Meteoro no Arizona cerca de 50.000 anos atrás. Mais importante ainda, eles são também restos da formação do sistema solar, que antes da publicação do trabalho de Patterson, não tinha data mais exata do que “bilhões de anos atrás”.
Patterson: e o Chumbo
Conforme Patterson explicou em uma entrevista no ano em que morreu, os meteoritos de Canyon Diablo não continham qualquer urânio, um metal que radioativamente decai em chumbo em taxas já bem estabelecidas pela ciência, que levam centenas de milhões de anos.
Outras rochas continham chumbo e urânio, o que anteriormente tinha atrapalhado as estimativas de idade da Terra.
Assim, ao relatar a proporção de taxa de chumbo encontrada nesses meteoritos “imaculados” e comparando-os com as proporções encontradas nas outras rochas e meteoritos da Terra, Patterson foi capaz de calcular a idade do sistema solar quando a Terra se formou: 4,55 bilhões de anos, com uma margem de erro de 70 milhões de anos.
Essa estimativa sobrevive correta já faz cinco décadas. Ao longo do tempo, foi refinada e confirmada por outras investigações e só ficou mais sólida.
Aceitando a idéia de que o decaímento obedecia a uma lei estatística, relacionada com o tempo de decaímento, e que era portanto impossível prever se uma partícula iria decair num determinado momento, apenas foi possível com o desenvolvimento da teoria quântica.