Sendivogius e a receita para produzir
Michael Sendziwoj (1566-1636) — cujo nome foi latinizado para Sendivogius — descendia de família nobre polonesa. Trabalhou como diplomata para Rodolfo II da Boêmia — que tinha
grande interesse por alquimia — e em outras cortes européia Sendivogius afirmava que todos os corpos proviriam de ‘sementes’. Assim, caso a ‘semente’ contida em um pedaço de ouro pudesse germinar adequadamente, teríamos a multiplicação
do ouro.
O primeiro passo para permitir o amadurecimento do ouro seria ‘abrir seus poros’, dissolvendo-o com uma ‘água’ muito especial: ‘a água que não molha as mãos’. Dez partes dela deveriam ser misturadas a uma parte de ‘ouro vivo’, e a mistura aquecida até a ‘resolução’ do corpo do ouro, obtendo-se a ‘umidade radical’ dos metais. A este produto se deveria adicionar ‘água de salitre’ e aquecer por um longo período — quando se observariam mudanças de cor. Então —quando a parte líquida da mistura fosse já capaz de ‘tingir’ um pedaço de ferro — se deveria adicionar o ‘leite da terra’, um líquido capaz de ‘calcinar ouro’. Sendivogius concluiu: “Até aqui chegou minha experiência; nada mais posso fazer, nada mais encontrei” — estando finalizada a preparação da pedra filosofal.