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Os plásticos, que hoje estão presentes em centenas de objetos à nossa volta, foram inventados por causa dos jogos de bilhar. No século XIX, esse passatempo era uma das principais atrações entre as poucas opções de lazer da época. Ele havia se tornado tão popular que já trazia problemas: o único material capaz de produzir bolas de bilhar era o marfim, retirado dos dentes de elefantes, que estavam cada vez mais raros. Na tentativa de resolver o problema, uma companhia americana ofereceu um prêmio de 10000 dólares – na época, uma quantia gigantesca – para quem conseguisse produzir bolas sintéticas.O americano John Hyatt foi uma das pessoas a tentar a sorte no concurso. Há uma lenda de que ele cortou seu dedo em uma experiência e tentou curá-lo com colódio, um líquido feito de nitrato de celulose que tornava as feridas impermeáveis. Só que o vidro de Hyatt havia vazado e virado uma massa sólida. Ele analisou a substância e, depois de anos de pesquisa, descobriu que uma mistura de colódio com cânfora, submetida a temperatura e pressão altas, transformava-se em uma substância moldável que ele chamou de celulóide. Foi o primeiro plástico.A descoberta deu a Hyatt o prêmio do concurso. O material também foi utilizado em talheres, brinquedos, escovas, colares, instrumentos musicais e em centenas de outros produtos domésticos, além de dar origem aos primeiros negativos utilizados no cinema. Ele tinha o grave problema de pegar fogo facilmente, o que o levou a ser substituído por outros plásticos mais seguros e eficientes. Curiosamente, nunca funcionou de forma perfeita em bolas de bilhar, mas está presente até hoje nos salões de jogos: não há material melhor para fazer bolas de pingue-pongue do que o celulóide

O primeiro Plástico

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