Alguns séculos antes da era cristã, o filósofo Tales de Mileto (ca. 625-550 a.C.) havia observado que friccionando pedaços de âmbar (uma resina natural) com tecidos de seda, eles adquiriam a propriedade de atrair fragmentos de palha. Como o âmbar era conhecido em grego pelo nome de “elektron”, nasceu então a palavra eletricidade.
Mais de dois milênios depois, em 1660, Otto von Guericke (1602-1686) inventou a primeira máquina para produzir eletricidade: uma esfera de enxofre dotada de um eixo e um dispositivo mecânico que permitia imprimir-lhe um movimento de rotação. Após muitas tentativas, ele logrou detectar com um eletroscópio a diminuta eletricidade gerada ao se colocar em contato uma lâmina de prata e uma lâmina de zinco. Como conseqüência lógica, surgiu a idéia de associar pares de metais sob a forma de placas sobrepostas de tal maneira que se tornasse possível a obtenção de uma força eletromotriz de razoável magnitude, comparável à produzida pelas máquinas elétricas.
Visando aumentar a força elétrica gerada por um único par bimetálico, ele decidiu empilhar de modo alternado diversos discos de dois metais diferentes, por exemplo, Zn | Ag | Zn | Ag | Zn | Ag.
A pilha de volt
Apesar de Volta ter realizado os seus experimentos no 2º semestre de 1799, somente divulgou o seu invento em 20 de março de 1800. A pilha elétrica despertou grande interesse, tanto do público leigo como dos cientistas, tanto que, em 1810, Davy escreveu: A pilha de Volta retinira como uma campainha de alarme para os experimentadores de toda a Europa.