Na segunda metade do século XX, em plena Guerra Fria, Estados Unidos e a antiga União Soviética investiam esforços na busca da supremacia mundial. Nessa competição, o desenvolvimento tecnológico era uma demonstração de prestígio e poder, o que levava grupos distintos de pesquisadores a reivindicar a criação de um determinado elemento químico. Um exemplo da disputa é o elemento de número atômico 104, chamado de kurchatovium, pelos cientistas soviéticos do centro de pesquisa de Dubna, e de ruterfórdio, pelos cientistas norte-americanos da Universidade da Califórnia. Coube à União Internacional de Química Pura e Aplicada – IUPAC o reconhecimento da descoberta com o nome proposto pelos norte-americanos.
“O Conselho da IUPAC, em sua reunião de 29/30 de agosto de 1997, pôs fim a uma controvérsia de três anos sobre os nomes desses elementos de vida curtíssima, produzidos. Foram aprovados os nomes repropostos pela Comissão sobre Nomenclatura de Química Inorgânica em fevereiro de 1997: 101 — mendelévio (Md), 102 — nobélio (No), 103 —lawrêncio (Lr), 104 — rutherfórdio (Rf), 105 — dúbnio (Db), 106 — seabórgio(Sg), 107 — bóhrio (Bh), 108 —hássio (Hs) e 109 — meitnério (Mt).”